quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator


Viva Raul!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

São pontiagudos e sinceros...
Tão doces que chegam a enjoar...
Uma ponta ás vezes pára na garganta e é preciso respirar...
No começo dói um pouco, mas depois acostuma...
Os recolho... Por dia... Por hora e por minuto...
Surge uma lágrima do centro do olho...
A sensação é que ela arde...
Quando caem a dor é pulsante, latente...
Surgem míseras sensações de prazer e calor...
E o sentimento de perda...
O sangue corre pouco e o coração bate muito...
É impossível mensurar os danos que causam...
Mas também trazem a força, a luta, a crença...
Quando ficam, não se acomodam...
E incomodam a ponto de ter que expulsar...
Ou por choro, por grito, por palavras ou pela indiferença...
Alojam-se pensamentos de falta, de desesperança, de só, de pó...
Pensamentos de raiva, de impossibilidade, de inferioridade...
Então é melhor deixá-los assim, fora...
Por mais que apareçam e desapareçam eles sempre caem pelo chão...
Ou são transformados em sorrisos, em esperança, em paixão... Em amor...
Dando vida ao significado do ser...
E dando ao ser vida...
A vontade, a alegria, o desejo pela vida...
Então que é melhor que saiam...
Mas... Existem aqueles que devem voltar de onde vieram...
Voltar pra dentro...
Aqueles que se perderam não por vontade própria, mas porque foram roubados...
E assim que recuperados, vão pra uma taça e são bebidos com muita sede...
No começo dói um pouco, mas depois aliviam...
Esses são os mais importantes e não devem ser esquecidos nem ignorados...
Esses são a essência...
A Alma...
O sopro que traz de volta...
Assim são...
Os meus pedaços...
Inspirado por "Insetos Interiores" de Fernando Anitelli

terça-feira, 21 de outubro de 2008

PELA VIA LÁCTEA

Tenho uma estrela chamada coração, ela tem vida própria...
É detentora de uma luz que poucos viram...
Guardo um universo dentro de mim, chamado alma...
É um universo cheio de contradições e com um profundo desejo de existir...
Explosões cósmicas que ocorrem diariamente no meu corpo...
Levam impulsos eletromagnéticos pras minhas fibras, ossos e pele...
Chuvas de um profundo brilho ocorrem pelos meus olhos...
Mas nele também, há um buraco negro, denso, pesado...
Meteoros gigantescos de sensações, sentimentos intensos que reverberam nas minhas articulações...
É o meu corpo celeste que cai...
Sou controlada pelas minhas luas...
Tenho vários e vários cometas de pensamentos...
Galáxias e Galáxias de medos nebulosos...
O fenômeno que desalinhou o meu sistema solar, rotação e translação trocam constantemente de lugar...
Tudo isso porque era uma estrela cadente que rompia o céu no momento em que eu olhava...
Mas não pro céu, para os seus olhos...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

É o que pulsa o meu sangue quente
É o que faz meu animal ser gente
É o meu compasso mais civilizado e controlado
Estou deixando o ar me respirar
Bebendo água pra lubrificar
Mirando a mente em algo producente
Meu alvo é a paz
Vou carregar de tudo vida afora
Marcas de amor, de luto e espora
Deixo alegria e dor ao ir embora
Amo a vida a cada segundo
Pois pra viver eu transformei meu mundo
Abro feliz o peito
É meu direito!
Compasso
(Ricardo MacCord / Angela Ro Rô)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

-Eu esperava e morria.
-Eu morria por esperar.

(Lorca)
Nos caminhos de luta
nos frutos sem cor
nas vidas geladas em torno de mim
O calor do meu corpo está no seu.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Odeio o modo como você fala comigo,
E o modo como você corta o seu cabelo,
Odeio o modo como você dirige meu carro,
E odeio quando você me encara,
Odeio suas enormes botas de combate,
E o modo como você lê a minha mente,
Odeio tanto que isso me deixa doente,
E até me faz rimar,
Eu odeio...
Odeio o modo como você está sempre certo,
E odeio quando você mente,
Eu odeio quando você me faz rir,
E mais ainda quando me faz chorar,
Eu odeio quando você não está por perto,
E o fato de não me ligar,
Mas mais que tudo,
Odeio o fato de não conseguir te odiar
Nem um pouco,
Nem por um segundo,
Nem mesmo só por te odiar.


Do filme: 10 coisas que eu odeio em você.