quinta-feira, 24 de abril de 2008

É aquela mesma sensação de tempo atrás
È piso firme
Mas eu flutuo
Sinto que já não há o que fazer
A não ser deixar acontecer
O azul do céu está intenso
Assim como o castanho dos meus olhos
Já não é mais frio
É medo
Já não sinto mais dor
Só arder
Escurece o dia e cai a noite
Laranja, amarelo, azul, azul...
A branca lua ainda não veio
Minha pele escura reflete a luz
A pálida luz
23/04/08
É um fino traço de sangue
Tinge com púrpura o meu corpo
O sangue vivo dilacera os sentido e acalma a alma
É o mesmo sangue que faz pulsar
E faz parar
É o sangue que me faz suspirar
É o sangue que me faz sonhar
É o sangue que me faz sentir
Tudo aquilo que desejo
O sangue que rompe a pele
E que fica na ponta da agulha
O sangue que transborda calor
Calor que vem da carne
Sangue que corre num ritmo frenético
E interrompe o fluxo dos pensamentos
Sangue que cai
Sangue que esvai
E o sangue que me faz viver
Tudo aquilo que desejo...
23/04/08

terça-feira, 22 de abril de 2008


É algo dentro de mim que se quebra
È um medo absurdo
São palavras e palavras que tenho que decifrar
São olhos e olhares que me perdem e que me prendem
São mãos e luvas
È a hora que não passa
E a que passa
Me vejo indo, mas nunca sei pra onde
Me perdendo e me achando
È a pele que arrepia
É a boca que é calada
É a mesma chuva fina e disforme
O pulso do meu coração alterna
Entre ser ou não ser
Ou não será essa a questão?
È meu corpo que me leva a dormir, pra poder sonhar
E o mesmo corpo me leva à agonia de acordar
Já pensei em tudo
Mas não achei a resposta
Do porque uma vida se encontra com a outra se não podem ser entrelaçadas...
21/04/08

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mau-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas

domingo, 6 de abril de 2008


Quando você piscou por mim o aroma

Me despertou de um estado de coma

Quando você partiu pra mim o embaraço

Deu ferrugem nos meus nervos de aço

Meus olhos de raio x cegaram de medo...

Pois tua alma é de chumbo e segredo

Quando você ciscou por mim, indecisa

Eu fui a razão do riso da Monalisa

Quando você sorriu pra mim um beijo

Na hora "H" foi como detonar a bomba do meu desejo

Meus olhos de raio x cegaram de medo

Pois tua alma é de chumbo e segredo

Meus olhos,

Meus olhos,

Meus olhos...

Meus olhos de raio x...


Lenine - O Homem dos olhos de raio x