quarta-feira, 2 de março de 2011

Sobre os dias e noites de chuva

Sim, são melancólicos não há como negar, não há quem não pense em estar na cama assistindo um filme e talvez não importe se sozinho ou acompanhado.
O fato é que um dia ou noite de chuva. nunca passa despercebido, ninguém é indiferente a ele, uns gostam, outros não, há quem ame e há quem odeie...
Particularmente, eu não gosto. Mesmo que a chuva limpe nosso ar, encha nossos rios, alimente nossa natureza e nos permita continuar vivendo, o tom cinza do céu me incomoda. Parece que nunca mais haverá cor, alegria no mundo...
        Quem dera as nuvens fossem coloridas e as gotas furta cor. Assim, mesmo em dia chorosos, nunca perderíamos o ânimo.
        Mas o que mais incomoda aos fãs de dias ensolarados e quentes, é a presença constante do nosso maior inimigo e maior companheiro, a solidão. Aquela mão pesada no ombro que nos dias de sol são mais leves, e nos de chuva, além de pesadas, são frias. A sensação de desproteção e tristeza dos dias cinzas aproxima a solidão, um inimigo quase invencível, mas que se aprende a conviver com o tempo. Sim, pra quem sente solidão ela nunca vai embora mesmo nos dias de sol e cheios de amor, e por mais que ela castigue, você pode aprende muito com ela, se deixar que ela ensine. Mas cuidado! Não deixe ela tomar conta de você, a solidão pode ser sedutora e pode tornar todos os seus dias cinzas e chorosos.
        Hoje nesse dia de chuva, eu cantei... Cantei pra chuva e parece que ela gostou, pois senti que ela cantava comigo, batendo forte contra o asfalto. Isso manteve a solidão quieta no canto dela. Estávamos eu e a chuva cantando juntas quase em uníssono, celebrando o mundo, mesmo que esse mundo seja apenas o meu.
28/02/2011

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