sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pelos próximos minutos, instantes, segundos
Tentarei não pensar
Nesse quebra- cabeça infinito
De peças ásperas e pontiagudas que tento montar incessantemente
Talvez sejam de vidro, de sombras, de sobras
Ou talvez seja um coração
Quieto, pálido, obscuro
As peças não se encaixam
A figura que a vida quer me mostrar não fica perfeita
Sempre disforme, sempre algo falta
Querer demais? Talvez.
Sonhar de menos? Não, isso não.
Sonhar é a única coisa que meu quebra-cabeça me permite
Olhando de longe, tudo parece estar bem
De perto é tudo vazio, frio
A sensação que fica é de que algumas peças estão fora do lugar
Mas agora é tarde
O tempo não permite que eu o conserte
E é pela porta de meus olhos que vejo novas peças chegarem
Só resta saber onde elas se encaixam...

Nenhum comentário:

Postar um comentário