quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Confusão

Eu pensei que era mais fácil...
Sem tanta dor, sem tanto querer...
Não, querer não... Precisar...
É... Precisar...
Tem um jeito de matar isso?
Uma faca? Uma espada?
O amor? Ahá, é piada né?!
Mas, pior que o amor é a saudade...
Ah sim! Essa é muito pior!
Saudade boa? Que Mané saudade boa!
Isso não existe!
Mataria a saudade e o amor se pudesse!
Ah! Mataria sim!
De que me serve, me diz?
O amor é lindo, muito bonito...
Até que quando vai embora, leva um pedaço seu junto...
Pedaço esse que não se regenera mais, não se recupera, não se cura...
Aí vem quem? A maldita saudade! Criação do demônio, só pode ser...

Mas pensando melhor... Talvez o problema não seja o amor, nem a saudade...
Talvez seja a memória... Afinal se não lembrarmos, não vai doer mais!
Pronto!
Descobri a fórmula para parar de sofrer, de querer, de precisar...
Apague a memória!
Isso mesmo! Apaga! Deleta! Não vai me fazer a menor falta...
Juro! Não vai!
Declaro guerra as minhas memórias!
Darei um golpe em minha própria cabeça, até acabar com todas elas!
Ei, isso pode me matar! Não não! Não quero morrer! Quero apenas matar!
Apenas matar! Apenas... Como se “apenas” amenizasse o ato de “matar”.
Ah! Por favor! Não se horrorizem! Estou matando um sentimento, não uma pessoa!
E os sentimentos, a memória, são todos meus! Faço deles o que bem entender!
Quer saber?
Matarei todos, o amor, a saudade e as memórias! Pronto!
Não espere que eu termine essa vontade homicida sentimental com uma frase de efeito, pois não terminarei...
Estou com raiva! Muita raiva!

Um comentário:

  1. Já que você assassinou também a frase de efeito, eu a ressucito...

    "Se fosse só sentir saudades, mas tem sempre algo mais, seja como for, é uma dor que dói no peito!"

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