terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Começo pelo meio

...

Laços e traços e amassos que se entrelaçam e amarram os pulsos de quem já amou e não ama mais.
O pulso o sulco e o sumo do gozo.
O gozo do corpo esperançoso.
Espera no ranço dos dias que algo exploda.
E explodindo vai caindo e subindo pelo beiral.
Portas e janelas abertas, deixam espertas as chagas do meu coração.
Um coração seco, oco, toco é o que resta.
Resta nas lembranças de misérias, mazelas do passado e do futuro.
Futuro inoportuno, instigante.
Instigantes são suas palavras mastigadas, rasgadas e cuspidas dentro de mim.
Dentro de mim ficam farpas de amor e sexo.
Sexo esse não frágil, mas ágil, volátil.
Amor esse calado, amargurado e ao teu lado.
Lado esse que ferve, emerge, sobrevive e vive.
A morte toma porte de arma.
Arma e desarma a bomba relógio.
Relógio do ócio, do traço, do laço, aço.
08/12/09
02:15h

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