domingo, 26 de abril de 2009

Hoje vou pedir a ajuda do vento

pra levar todo sofrimento e me deixar nos braços dela...

pois trago amor escondido dentro do peito

e tenho todo direito de crescer voar por aí

Pois se eu não soubesse que o rio corre pro mar

que sanfona é pra forrozar e meu coração é todo seu...

eu não sonharia não me entregaria assim...

não existiria em mim um desejo louco de te encontrar...

sopra vento...

sopra vento... zum zum...

sopra vento... zum zum...

sopra vento e me deixe nos braços da paz...




(autor desconhecido)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O amor vem, ele chega e quando chega, não quer ir embora.
Passam-se os tempos, mudam-se as vontades e o amor continua fora do lugar...
Amor, vem pra cá, pára de brincá.
Senta aqui e fica quietinho, acalme-se, acalente-se.
Amor, não maltrate o coração, deixe-o pulsar, deixe-o viver.
Amor, vem aqui, bata no meu peito e bata no dele também.
Amor, me deixa te amar, não me faça te odiar...
Amor, amar, amado.
O amado que amava a amada, que amava outro amado, o primeiro amado que não era amado pela amada, mas era amado por outra amada. A amada que amava o amado que não amava...
Afinal, cadê o amor? Se se ama mas não o tem...
Se escondeu? Fugiu ou morreu?
Cadê o amor? Se perdeu? Não se achou...
Porque o amor não se encontra? Já que nessas letras se ama tanto?
Porque quem ama não pode amar quem ama?
O amor prega peça, é bicho malvado, criança travessa.
Acho que o cúpido ficou bravo porque ninguém ama o amor, só ama o amado que amava a amada, que amava outro amado, o primeiro amado que não era amado pela amada, mas era amado por outra amada. A amada que amava o amado que não amava...
Então cúpido ficou bravo pois viu o amor triste e quis vingá-lo. Mandou flechas tortas regadas de desencontros que não nos deixam usar a razão e deixou pra nós, seres movidos de amor, a difícil e árdua tarefa de encontrar o caminho que leve ao amado amar a amada e a amada amar o amado e assim o amor será finalmente amado...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Basta!

Chega! Não agüento mais! Chega desse lixo! Chega dessa merda!
Não agüento mais! Chega! Chega!
Tanto desengano, tanto choro, tanta merda, merda...
Por favor, chega! To no meu limite de angústia, de medo...
Só sobram sopros e lufadas de nada!
Chega de perder! Chega de ganhar rugas e dores!
Basta! Chega!
Chega de punhaladas de lâminas frias! De facas sem corte!
Chega de desespero, chega de dor!
Pelo amor de Deus! Pára!
Me deixa em paz! Quero viver! Vai embora! Sai daqui!
Chega de sobras! Chega de restos cuspidos! Chega de migalhas!
Chega de amores maltrapilhos e paixões rasgadas!
Chega de corações dilacerados e corpos a míngua...

Chega de um corpo surrado, de um corpo doente!
Chega!
Chega de um ser vazio, incompleto, machucado...
Chega!
Chega de pena! Chega de dó!
Chega de achar que não merece, que não foi feito pra isso!
Pára! Por favor!
Chega de espezinhar, de ferir, de matar, de morrer!
Não quero mais matar! Não quero mais morrer!
Não quero mais me sentir assim! Não mais! Nunca mais!
Me deixe ir! Me deixe voltar!
Devolva! Devolva meu coração!
Quero um ser inteiro, não quero mais metades!
Joga fora! Solte meus pulsos! Desacorrente minha alma!
Quero viver!
Chega!
Chega!