domingo, 2 de novembro de 2008

Duas almas inquietas escrevendo madrugada a dentro... As linhas pretas são de Lucas de Oiveira (grande poeta, sensível, humano, ácido...) As verdes são minhas... Lu, obrigada!
A luz se apagou,
aquele pássaro incapaz de voar rasgou meu peito
pousou no seu.
Fiquei ali parada, imóvel, nada sentia, apenas olhava...
e olhava...
Só não enxergava o doce olhar do pássaro
logo havia medo, nele e em mim...
Eu queria estar naquele peito, mas não estava.
quis ser o pássaro.
não fui. morri.
Morri, pois não posso voar,
tenho asas, mas não voo..
tenho coração, mas não bate...

Quis ser o pássaro.
não fui.
E o que sou?
Já que tenho asas que não voam e um coração que não bate...
Nada
só o ouvinte mudo desse pássaro
Cego e covarde
covarde demais pra esquecer...
Aquecer o ser amanhecer
Será, saber sem sentir
Delete, esc ser, esquecer...
Ser covarde.
Enter.
Na sua alma, nas suas mãos...


Por Lara Weber e Lucas de Oliveira.
Madrugada. 31/10/08. 01:48h.

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