sexta-feira, 9 de maio de 2008

É lamina fria, num dia de sol...
Fina, navalha...
Corta minha carne, faz cair o sangue...
Que pulsa, que ferve...
A carne se rompe lentamente, um gemido de dor...
Não posso ir mais fundo...
Algo me interrompe, meus ossos sólidos, tórridos...
Já há muito sangue no chão...
Vermelho e quente...
Já quase não enxergo, está escuro...
Meus joelhos fraquejam, e eu caio...
Sinto o sangue q tinge minhas roupas, ainda está quente...
Agora meu rosto está no chão, sinto o gosto do meu próprio sangue...
Já não vejo mais nada.
Não, não é suicídio...
São apenas meus próprios sentimentos vivos e frenéticos
Que dominam meu corpo e estagna a minha mente...
Meu coração já não bate no peito...
Mas sim, em todas as partes do meu corpo...
Na cabeça, nas coxas, nas costas, no sexo...
Já não posso mais...
Me entrego...
08/05/08

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