terça-feira, 30 de junho de 2009

As pessoas morrem ou simplesmente desaparecem...
Fingem que morre, se escondem da realidade...
Sendo que ela está bem diante dos seus olhos...
Na rua, no caminho do carro, na tela do computador...
Porque se escondeu?
Porque sumiu?
Porque morreu?
Porque morreu pra mim?
Porque quis morrer no desaparecer?
As pessoas se escondem do que não entendem...
Do que sentem e do que amam...
O medo é traiçoeiro e perigoso...
Morrem!
Todos morrem um pouco a cada segundo que passa...
Uns morrem e outros se matam...
A diferença entre os dois?
O morrer significa que você viveu...
Se se matam significa que desperdiçou...
Pra você...
Bom suicídio...
Te vejo daqui muitos anos...

sábado, 20 de junho de 2009

O Coração

Pulsa, pulsa, pulsa... Para...

Um coração amargo para se degustar
Um coração possivelmente morto
Já não bate, “já não mais, amor”.

Farpas, feridas e estacas lapidam o coração ainda pulsante
Moldam aquele coração jovem e inocente
Aquele coração maleável e intocado, já não existe mais.

As estacas foram tantas que o transformaram em diamante
Tão duro e tão lindo como jamais se viu

Brilha toda a sua luz e saudade
Reluz tudo aquilo que é bom
Coração que se torna pedra preciosa, não pode ser quebrado nem ao menos trincado.

Tornou-se belo e inatingível
Tão rígido e tão distante
Que nem o mais sincero dos olhares pode admirá-lo.
16/06/09

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A História da Menina no Trem...

17h de um dia comum... A menina entra no trem com a cabeça cheia de pensamentos... Trabalho, amigos, contas, escola, amor... Apesar de pensar em amor, seu coração andava frio, quieto demais... Sento-se num dos bancos do vagão quase cheio, pegou seu rádio e pôs-se a ouvir suas músicas pelo fone de ouvido... Olhou para o lado e viu um rapaz sentado do outro lado do vagão, o rapaz tinha algo diferente, vestia-se com roupas da moda, o que não agradava a menina, mas tinha algo no formato de seus olhos que lhe chamava a atenção... Não sabia se era a barba por fazer, o nariz, os olhos, a boca, o desenho do boné sobre a cabeça ou se a junção de tudo, mas algo lhe prendia a atenção...No rádio começou uma música... De onde você vem? Quem vai te levar? Quem te faz sorrir? Quem te faz chorar? Qual será seu nome? Quais são seus amores? Você me faz imaginar...Te vejo de longe. Quero chegar. Algo não deixa eu me aproximar”... Nesse momento o trem parou e as portas se abriram, um tímido sol entrou pela porta aberta, banhou em cheio o rosto do rapaz... Você ilumina todo lugar...” A menina pensou: “Valeu sol!” As portas se fecharam e o trem andou, aquele breve momento havia passado... Se lembrou que havia um bom tempo naquele dia, que não se olhava no espelho... Passou as mãos pelos cabelos e rapidamente sacou da bolsa um espelho e um batom... Depois da demonstração de vaidade misturada à tentativa de ser notada a menina voltou a olhá-lo... Aquele rapaz a instigara tanto, que ela quase não desceu na sua estação. Só se deu conta que tinha que descer quando ouviu bem ao fundo, misturado com a música “Estação Brás”... Por sorte o rapaz se levantou e se dirigiu a porta, a menina o seguiu... Andaram juntos até as escadas rolantes no meio do emaranhado de gente, a menina foi para trás dele para poder observá-lo melhor... Olhou as linhas de seus ombros largos e viu o quanto era alto... Subiram na escada rolante, ela a esquerda e ele a direita... Ela, um degrau abaixo do dele o que aumentava ainda mais a sua altura... Mais que derrepente, a menina olhou para cima e o rapaz para trás... Seus olhares se encontraram a menina desviou... Depois de todo esse tempo só agora ele se dera conta da presença dela... Ele arriscou mais duas olhadas, que a menina percebeu... Seguiram paralelamente andando pelo mar de gente na direção do metrô... Ele arriscou mais um olhar... Nesse momento outra música começa... “Meu amor eu sinto muito, muito, muito, mais vou indo. Pois é tarde, muito tarde e eu preciso ir embora. Sinto muito meu amor mas acho que já vou andando. Amanhã acordo cedo e preciso ir embora. Eu queria ter você mas acho que já vou andando...” A menina sorriu... Quando passaram pela catraca do metrô, era o fim da linha... Ele foi sentido Palmeiras-Barra Funda e ela Corinthians-Itaquera...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Lara, lara, Lara lira...
Lara, Lara... larão!
Lira lara, lero lero
Lara lora... loira não!

Lara luz, lara lírica, calórica
Calórica não!
Lara flor, lara que brilha
Laravilha, lara em botão

Lara lara, laravilha
Fábrica de ervilha. Milho não.
Lara e milho? Não, ladrilho!
Empecilho! Ah, Lara, não!


Lere Lere, Lara Lara
L'airosa e clara, clarão!
São muitas faces, mas tão contrárias
Que se confundem na contramão

Lara lara, lara linha, lara linda
Flor botão!
Clara larinha, bela lara
Lara lara... larete, lira. Larão!

Por Fábio Gomes


Obrigada!!!!
O que é que brilha sem
Ser ouro? - A mulher de touro!
É a companheira perfeita
Quando levanta ou quando deita.
Mas é mulher exclusivista
Se não tem tudo faz a pista.
Depois que dona de casa...
E a noite ainda manda brasa.
Sua virtude: a paciência
Seu dia bom: a sexta-feira
Sua cor propícia: o verde
As flores dos seus pendores:
Rosa, flor de macieira.
Touro - Vinicius de Moraes